Resumo :
Em 1989, Drauzio Varella iniciou na detenção um trabalho voluntário
de prevenção à Aids. Seu relato nesse livro tem as tonalidades
da experiência pessoal: resulta dos relacionamentos que a profissão
de médico permitiu manter com presos e funcionários; não
busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição
para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada
propícias à manifestação das individualidades.
Na cidadela do Carandiru, Drauzio conheceu pessoas como Mário Cachorro,
Xanto, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo,
Loreta e seu Luís. Não importa a pena a que tenham sido condenados,
todos estavam sujeitos às normas do controle de comportamento que era
vigente na instituição. Por outro lado, todos seguiam um rígido
código penal não escrito, criado pela própria população
carcerária(contrariá-lo pode equivaler a morte ).
Estação Carandiru fala dessas pessoas . São crônicas
sobre formas de viver e morrer.